Opinião

A guerra é uma estupidez

Por Carolina Rehling Gonçalo
Professora

Nas últimas semanas fomos bombardeados por imagens, textos e vídeos de um conflito que dura décadas no Oriente Médio e que, infelizmente, parece estar num dos momentos mais cruéis e desumanos já vividos. O conflito por território envolvendo a Palestina e Israel teve inicio na década de 1940 e parece estar longe do fim. Movido por uma disputa territorial, assistimos ao início de mais uma guerra.

Diariamente observamos a covardia daqueles que confortavelmente determinam a continuidade da guerra, que decidem e outorgam decisões e ações que devastam famílias. A guerra é a pior estupidez que o ser humano pode fazer. Não podemos aceitar passivamente, mesmo que estejamos geograficamente longe, que não seja no nosso continente, no nosso país, que não seja com nossos familiares, com as pessoas que amamos, não podemos perder nossa humanidade e sensibilidade diante do conhecimento daqueles que sofrem, de imagens e vídeos de centenas de pessoas, mulheres, crianças, homens, jovens, escritoras, enfim, pessoas, feridas, perdendo a vida, machucados, traumatizados, em choque. Não é possível mudar o canal, passar para próxima notícia como se isso não fosse nada, como se não importasse. Importa, mais do que nunca, porque deveríamos, enquanto sociedade, termos aprendido o mínimo com o passado, com os já tantos horrores vividos na história da humanidade, os mais cruéis, frutos do preconceito, da intolerância, da ganância, do sentimento de superioridade que anula o outro, que desumaniza e que trata aquele que é diferente como sem valor algum.

Ainda que tenhamos estabelecidos direitos que deveriam ser de todas as pessoas, direitos básicos como a vida, o respeito, o direito de existir, percebemos que esse mínimo ainda se encontra muito distante. E torna-se brutal perceber que aqueles que mais sofrem, as crianças, deveriam ser, por todos, os mais protegidos, os mais amparados. Que deveríamos estar construindo um mundo melhor para os que virão e ao contrário, o mundo caminha por guerras estúpidas de dor e de morte.

Não podemos nos conformar, não é possível assumir um papel passivo diante dos horrores que estão acontecendo. É preciso brigar e lutar, mas por um mundo com mais paz, com mais saúde, qualidade de vida, por um ambiente seguro onde todos possam ter acesso ao que chamamos dos direitos básicos da pessoa humana. Nenhuma criança deveria passar pelos horrores de uma guerra, pela perda dos pais, de suas referências, da sua moradia, do direito de crescer em um ambiente seguro com amor e segurança. É urgente que criemos um futuro para a paz, sem violência, com tolerância, respeito e empatia pelo outro.

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